A CAMINHO DO MONTE RORAIMA
Saímos do hotel em Boa Vista numa Van às 5 horas da manhã. Rumamos para o norte pela BR174. O tempo estava horroroso. Nuvens muito pesadas e chuva forte durante toda a primeira hora da viagem. Na Van éramos 11 pessoas: o motorista, um dos guias e nove turistas, entre eles Mariana, Rita e eu.
O astral dos nove “expedicionários” foi melhorando depois que amanheceu. A última cidade brasileira por qual passamos antes de deixar o país foi Pacaraima. Alguns quilômetros à frente cruzamos a fronteira Brasil/Venezuela. Trâmites facílimos, se comparados aos que enfrentamos na América Central. Do lado brasileiro, apenas carimbar a saída no passaporte. Do lado venezuelano, apresentar o certificado de vacinação contra febre amarela e mais um carimbo no passaporte.
Às 10 horas estávamos em Santa Elena de Uairén, tomando café da manhã numa padaria da cidade. Santa Elena, capital da região de Gran Sabana, fica 15 km distante de Pacaraima. A principal atividade econômica da cidade é a extração de diamantes. Após o café, encontramos o segundo guia de nosso grupo, um rapaz forte, alto, mestiçado indígena, de nome Marcelo. Durante toda a expedição foi muito gentil, culto, preciso e oportuno na liderança do grupo.
Deixamos a Van e ocupamos duas Toyotas Land Cruiser com uns quinze anos de uso. Às 10h30 partimos por uma estrada vicinal que serpenteava pela Gran Sabana num chão de terra, sempre subindo. Cruzamos no caminho o Rio Kukenán, que se tornará nosso velho conhecido nos próximos dias da expedição. Quase duas horas mais tarde, chegamos na comunidade indígena de Paraitepuy, numa das entradas do Parque Nacional Canaima, um enorme parque, com cerca de 3 milhões de hectares, que protege os Tepuis da região, dentre os quais o Monte Roraima. Índios pobres, vivendo em choupanas e casas de barro ao redor, nos receberam. Vivem das expedições que passam por aqui. Na entrada havia turistas de vários continentes, alguns chegando como nós, outros voltando do Roraima.
Fizemos check-in na entrada do parque, pusemos a mochila nas costas e caminhamos 12 quilômetros até o primeiro acampamento. A altitude não variou muito. Partimos de 1100 metros e chegamos a 1.140, mas a trilha, aberta, era cheia de sobe-e-desce, o que torna tudo mais cansativo. Rumávamos para o leste. O sol descia às nossas costas. Ao longe víamos os Tepuis Matauí (ou Kukenán) e Roraima lado a lado, longínquos, se aproximando a cada passo, iluminados pelo sol poente.
Chegamos exaustos às margens do Rio Tek, um rio estreito e raso onde acampamos a primeira noite. No local, em volta de alguns casebres de barro cobertos por palha de buriti, montamos nossas barracas, sempre olhando para o Maatauí e o Roraima. Ainda deu tempo de tomar banho no rio junto com um exército de mosquitos famintos e jantar comida de acampamento. Às 20 horas, bajo un cielo estrellado, dormimos profundamente, como crianças cansadas.
UFA , SEM SOMBRAS DE DUVIDAS VCS SAO OS DESBRAVADORES TECNOLOGICOS DO SECULO 21 PARABENS ESSA HISTORIA VCS VAO LEVAR POR TODA VIDA E NINGUEM TIRA ISSO DE VCS . QUANTAS AVENTURAS SINTO INVEJA DE VCS TENHO UMA PERGUNTA UMA VIAJEM DESSAS SAI MUITO CARO SRSRRS
Custa menos do que geralmente as pessoas imaginam.