O NEPAL NÃO SAI DA GENTE

Lukla é a Babel do Khumbu. Um povoado nervoso, com tribos dos quatro cantos do mundo, cada qual falando seu próprio idioma. Carregadores chegam e partem a toda hora, trazendo ou levando tralha montanha acima. Tropas de jumentos e yaks lotam as vias principais abastecendo hospedarias e o comércio local. Cheguei encharcado, em meio a uma chuva fina e contínua, tão contínua que continuou por dias a fio. Tem um aeroporto em Lukla que por si só vale uma visita ao povoado. A pista de pousos e decolagens é única, estreita, curta… Ler mais

O CRISTÃO TEM QUE ANDAR A PÉ

Cheguei a Jiri (1.835 metros acima do nível do mar) ao entardecer e logo comecei a andar por caminhos de terra estreitos e sinuosos em meio a uma floresta temperada densa. Subi a 2.400 metros para depois descer rumo a um vale de um rio caudaloso às margens do qual fica o povoado de Shivalaya, a casa de Shiva em nepali, onde passei a noite numa pequena hospedaria, com mesas coloridas no terraço à beira do rio. A partir daí estabeleci uma rotina. Pelos próximos 7 dias acordava com a primeira luz… Ler mais

KATHMANDU

Após 21 horas entre voos e conexões, cheguei a Kathmandu. O caminho para o hotel já deu uma amostra da cidade: grande, densa, colorida e maltratada. O trânsito é caótico, um emaranhado de ônibus, carros e motos buzinando sem cessar. A acessibilidade é nenhuma. Diferentemente de algumas cidades grandes da América Latina e da África onde estive, não se nota a presença ostensiva da policia nas ruas. Apenas alguns poucos policiais de trânsito em grandes cruzamentos. Kathmandu fica num vale, 1300 metros de altitude, rodeada por montanhas não muito altas ao longe. … Ler mais

MOTIVAÇÃO

O Monte Everest fez parte dos meus sonhos na adolescência. Lembro bem quando fui apresentado a ele numa aula de geografia. Logo me fascinou a história dos grandes aventureiros ocidentais que se dedicaram a conquistar o topo do mundo; os 101 anos que se passaram entre a identificação do Everest e sua “conquista”; as muitas expedições que falharam a caminho do cume, os inúmeros alpinistas que foram soterrados sob a neve do Himalaya até que Tenzing Norgay, um sherpa, acompanhado de Edmundo Hillary, alpinista neozelandês, finalmente pisassem no local mais alto do… Ler mais

A TERRA DO POVO SHERPA

O povo Sherpa acredita que o Vale do Khumbu foi criado por Padmasambhava, fundador do Budismo Tibetano, para ser usado como refúgio em tempos de fome, doenças, perseguições. Por nisso acreditar, para lá migraram há 500 anos, fugindo de conflitos religiosos no Tibet. Padmasambhava exagerou nas tintas. O Khumbu é MUITO lindo. Ao seu norte fica, nada mais, nada menos que Chomolangma, que em tibetano significa “deusa mãe do universo”, e que os ingleses rebatizaram muitos séculos depois, com muita prepotência e nenhuma criatividade, de Mont Everest. Não bastasse isso, Chomolangma vem… Ler mais