MOTIVAÇÃO
O Monte Everest fez parte dos meus sonhos na adolescência. Lembro bem quando fui apresentado a ele numa aula de geografia. Logo me fascinou a história dos grandes aventureiros ocidentais que se dedicaram a conquistar o topo do mundo; os 101 anos que se passaram entre a identificação do Everest e sua “conquista”; as muitas expedições que falharam a caminho do cume, os inúmeros alpinistas que foram soterrados sob a neve do Himalaya até que Tenzing Norgay, um sherpa, acompanhado de Edmundo Hillary, alpinista neozelandês, finalmente pisassem no local mais alto do planeta em 1953.
Mas essa estória ficou perdida num passado distante. Não sabia nada sobre a magia do Vale do Khumbu e seu significado para o povo sherpa. Apenas recentemente, casualmente assistindo a um documentário sobre a região, fiquei encantado com a possibilidade de andar a pé sob o ar rarefeito de infinitas trilhas que talvez me levassem a conhecer algo sobre a cultura e a alma dos homens e mulheres que vivem no local.